sábado, 25 de setembro de 2010

Um sonho, uma realidade, um beijo, uma guitarra


ALL DREAM COME TRUE
 Tive um sonho terrivel, mas felizmente tudo passou e acabou. Acordei e parecia que tinha acordado num mundo novo. O meu quarto, que desde que me recordo, era branco, moveis brancos, paredes brancas, cadeiras brancas, tudo que que lá havia era branco, mas nessa manhã quando acordei tudo tinha uma cor diferente. Havia todas as cores, desde o verde ao cor-de-rosa, do azul ao vermelho. Achei tudo um pouco estranho claro, mas calculei que ainda tivesse a dormir e que tudo isto fazia parte de um sonho. Levantei-me, não estava ninguém em casa, mãe, pai, irmão, irmã, ninguém. Tomei o meu pequeno almoço, tudo estava diferente mas ao mesmo tempo igual, ou seja, a casa estava toda igual mas pairava no ar uma alegria que raramente estava presente. Senti-me bem com aquele ambiente, liguei o radio, pus musica aos altos berros, soltei-me, já que havia aquele ambiente em casa eu também tinha que fazer parte dele, cantei, dancei, senti-me tão bem. Voltei ao meu novo e colorido quarto, não estava habituada a todas aquelas cores, mas não me incomodavam, abri o armário e vesti a roupa mais alegre que lá existira. Sai de casa, tudo na rua me fazia sorrir, sorria para todos, estava tudo tão alegre, tão diferente do que era, portanto é de aproveitar. Decidi pôr-me num autocarro e ir para algum lado, lado esse cujo destino não me era conhecido. Sai na paragem que mais alegria me trouxe. Fui para um jardim, deitei-me na relva, relaxei um pouco. Passado poucos minutos, um alguém deitou-se ao meu lado. Um rapaz com uma idade perto da minha, moreno, olhos claros, estatura média. Não percebi muito bem o porquê de sentar-se ali ao meu lado se havia tanto jardim por ali fora.
-Desculpa se estou a estragar o teu relaxamento, mas se há tanto jardim porquê deitares-te mesmo ao meu lado? Não é que me estejas a incomodar - disse eu
-Olá, estavas ai deitada a relaxar e vi uma alegria diferente no teu rosto e achei que serias boa companhia para um bom relaxamento.
Não lhe disse mais nada, sorri para ele e voltei a deitar-me, apreciei as nuvens, o céu, o sol, estava tudo tão bom!
-Aquela nuvem parece com uma girafa, uma girafa bebé, não achas? - Disse-me ele, mostrando-me um sorriso até as orelhas.
-Sim, uma girafa bebé com orelhas de coelho - respondi-lhe rindo-me.
Ele suspirou, sorriu para mim, fechou os olhos e deitou-se. Ainda deitado, de olhos fechados perguntou-me:
-Então que fazes por aqui? És de onde? Adoro os teus olhos e o teu sorriso, deve ser de familia provavelmente.
Senti que se aproximou demais com todas estas perguntas, levantei-me e andei, um andar rápido, não queria nem que ele viesse atrás de mim nem que se tivesse sequer apercebido que me tinha ido embora. Mas fiz barulho de mais para variar, odeio ser tão desastrada! Ele correu atrás de mim, tentando que eu parasse.
-Não vás! - Gitou ele conseguindo agarrar a minha mão.
-Desculpa se exagerei nas perguntas, mas não sou o maior apreciador do silêncio, bem isto não é desculpa, devia ter-te perguntado quais os teus legumes preferidos, se gostas de soupa ou se preferes salada ou um bom hamburger, bem... desculpa.
Não resisti, ri tão alto com este pedido de desculpas, o dia estava a correr tão bem, mas com este pedido de desculpas ficou ainda melhor!
-Estás desculpado e desculpa toda esta gargalhada - disse-lhe eu continuando-me a rir. Ele sorriu para mim, pousou a mão no ombro e perguntou:
-Queres ir dar uma volta? Estou a ficar um pouco cansado deste jardim.
Sorri com um enorme sorriso e abanei a cabeça. Dali, daquele jardim, apanhamos um autocarro para o meio de algures, não percebi para onde me levava, mas eu deixei-me levar. Depois de sairmos do autocarro, andamos por ruazinhas, estradas, subimos por entre uns caseirões, ele falou-me dele e eu falei-lhe de mim.
-Vou dizer-te uma coisa. Estes dias têm sido os melhores que tenho tido, sinto-me tão feliz mas não tenho motivos para isso, o meu mundo, que era um mundo preto e branco, um mundo infeliz, agora é tão colorido que nem encontro nada preto, sinto-me tão bem assim, mas gostava mesmo de saber como isto aconteceu, ou melhor porquê. Não queria que ele percebesse ou viesse até mesmo a saber que naquele dia se passava o mesmo comigo.
-Isso deve ser uma mudança na tua vida, seja o que for aproveita porque pode tudo acabar amanhã - respondi-lhe eu.
Ele sorriu, gritou um 'WOOOW', agarrou-me na mão e correu levando-me para o ponto mais alto daquelas ruas. Ao mesmo tempo que corriamos, cantávamos, saltávamos, gritávamos! Chegámos finalmente ao topo, a nossa respiração está forte de termos corrido, cantado e tudo isso.
-Costumava vir aqui quando me sentia triste, este lugar fazia-me pensar... trazia a minha guitarra e tudo parecia desaparecer mas agora com esta mudança, se assim lhe queres chamar, este lugar perdeu um pouco o interesse mas continua a crer a minha atenção - desabafou ele.
-É lindo, adoro este sitio, é colorido, diferente e alegre! - disse-lhe eu aproximando-me.
Cheguei-me mais perto dele, sorrimos um para o outro, ele pegou na guitarra, tocou um improviso e cantou algumas palavras, parecia tudo tão natural, o som da guitarra, o seu sorriso a sua voz, era tudo tão real. De repente, senti algo estranho no meu corpo, um impulso. Pelos vistos ele também sentiu o mesmo e deu ele o primeiro passo. Beijou-me...
-Desculpa isto não devia ter acontecido, desculpa a sério - disse ele querendo fugir. Ainda consegui agarrar a mão dele, puxando-o, roubando-lhe outro beijo. O último.
-Desculpa a sério, eu não posso desculpa! - dizia ele atrapalhado acelerando a passo.
-Mas... e o teu nome? Qual é? - gritei eu!
-Não sei, mudei lembraste? Quando o souber eu voltarei a aparecer. DESCULPA! - gritou, correu e desapareceu deixando só a sua guitarra.
Desci todas aquelas ruas e ruazinhas, mas mesmo assim a alegria não saiu de mim. Havia uma mancha negra agora, mas a alegria continuava lá. Já era tarde. Acelerei a minha corrida. Já era de noite quando cheguei a casa, despi-me, abri a minha nova cama e deitei-me. Quando acordei, hoje, já tudo voltou ao normal. O branco estava lá, o stress quando desci tinha voltado. As cores desapareceram, a alegria esmorenou-se, tudo do dia anterior desapereceu menos a lembrança do meu, nem sei o que ele era, talvez um amigo, talvez uma alma gémea e a sua guitarra era o que restava. Será que tudo isto não passou de um sonho, de pura imaginação? Se sim, como tenho eu a sua guitarra? Que confusão... Só espero que um dia venha pelo menos
a saber o nome, ou algo dele, espero até voltar a vê-lo. Até esse dia, continuarei a viver no preto e branco, como ele dizia. Vou esperar para acordar outro dia no mundo da mudança, mas desta vez para sempre!

sábado, 11 de setembro de 2010

Pensar sobre mim

O nosso ciclo de vida acabará e nós, nunca saberemos o que (não) somos
Não sou nem nunca serei a melhor pessoa para escrever sobre mim, para criticar sobre mim ou até mesmo para me elogiar. Com o passar da vida tenho vindo a aperceber-me que nada nem ninguém nos conhece bem, nem nós mesmos quanto mais uma outra pessoa. Para mim, sou apenas uma confusa e distraída rapariga, não sou igual a ninguém, considero-me diferente, considero-me única também! Sinto isto pois acho que não existe ninguém como eu que: adoro a população mas ao mesmo tempo convivo com a solidão, choro com o sorriso e sorriu com as lágrimas, não gosto de gostar e gosto de não gostar, sou feliz com o dia, com a tarde e com a noite, mas… no dia seguinte, sou triste com a noite, com a tarde e com o dia. Acho até que me posso considerar uma pessoa extremamente social. Não me exprimo com palavras, exprimo-me com a arte. Não julgo ninguém pelos seus gostos, pois cada qual é como tem que ser, cada um acha o que tem que achar, cada um gosta do que tem que gostar. Digo que já amei, mas penso que nunca amei de verdade. A única coisa que, julgo eu, que tenho de verdade é amizade. Considero o amor uma coisa um pouco relativa ainda, ainda não descobri o seu verdadeiro significado, quando descobrir prometo contar a toda gente! Gosto de ‘porquês’ e de ‘porque’s’. Gosto de perguntas parvas e sem sentido e de perguntas sérias e com finalidade. Amo a chuva mas o meu amante é o sol. O meu único inimigo é o mal. Não gosto de falar de mim, gosto de pensar sobre mim. Já sei conversar seriamente, tenho algumas responsabilidades e deveres mas ainda gosto de cantar o aeiou, de ver desenhos animados, comer gomas e de pintar. Não sou paciente mas tenho paciência. Sou apressada e nervosa, mas calma e pacífica. Tenho duas caras: uma má e uma boa. Sou pequena e muito grande. Sou triste? Sou feliz? Não sei pois não me conheço, mas prometo que quando me conhecer e quando souber o significado de todas as coisas do mundo eu escreverei eu exprimirei.

sábado, 21 de agosto de 2010

O que somos? Lixo?

por mais que por fora lidemos com a tristeza, a nossa alma continuará sempre triste
É tudo tão estranho, tão confuso. No inicio é como um conto de fadas: maravilhoso, cor-de-rosa, florido, mágico. Fazem-nos sentir tão bem, tão seguras de nós mesmas, fazem-nos sentir numa aventura mas ao mesmo tempo num sonho, num sonho aventureiro onde tudo é real, tudo é vivido de todas as formas. Uns aparecem do céu, são diferentes. As suas palavras são como uma paisagem tão bem encaixada na natureza, a sua personalidade é como o mundo: enorme, igual mas diferente, é dele! Outros fazem-nos sentir únicas, porque deixam outras coisas para ficarem connosco, largam tudo o que dizem amar e fogem connosco. Mas será que eles sabem mesmo o verdadeiro significado de amar? Creio que não, pois se o soubessem não deixariam tudo por nós, não fugiriam connosco e não nos deixavam ser princesas no reino deles, ou melhor, nunca nos deixariam ser actrizes principais no seu teatro, no seu palco. E depois nós encaramo-nos com tudo do passado de uma maneira diferente e má. As palavras que eram a paisagem de uma natureza, tornam-se numa paisagem de uma cidade poluída, poluída por eles. Os sonhos? Transformam-se em pesadelos, com bruxas, empregadas e reis malvados, onde vocês são os reis e nós as pobres. Fazem-nos sentir confusas com as vossas acções, fazem-nos sentir inúteis com o desprezo que nos dão, com as palavras que nos dizem fazem-nos sentir como lixo. Com o passar do tempo pensam que ultrapassamos tudo e seguimos em frente, são capazes até de pensar que já estamos noutra e são ainda capazes de nos dizer que estamos a agir mal seguindo em frente! Mas porquê? Confesso que não compreendo as suas acções, não compreendo porque fazem isto e ficam a pensar que são grandes. E têm razão vocês são grandes com certeza, são grandes idiotas. Pois no fim nós é que podemos ser as confusas e as inúteis, mas tentaremos sempre ser felizes. Um dia, iremos ter o nosso sonho, a nossa aventura e a nossa paisagem, paisagem essa que será a mais bela do mundo, será a mais bela pois vocês não estarão nessa história, poderão estar, mas vocês serão o lixo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O tempo, ajuda

Foi superado, não totalmente, mas foi superado. Em todas as viagens, viagens longas, viagens curtas, nas viagens calmas, até nas viagens agitadas tu fazias parte do meu pensamento. Por momentos na ida para casa de mota, vinha eu, cansada, dorida, a fazer esforço para me segurar no depósito e dei por mim livre de ti no meu pensamento. Foi estranho, mas senti-me bem, pensei que fosse só naquele dia naquela viagem, mas não, continuou, até falar contigo claro. Desculpa não consegui resistir, e já algum tempo que não falávamos, queria-te falar disto mas não tenho ainda coragem suficiente para isso, além disso, tu mudas-te comigo desde que te contei que andava confusa em termos de amor. Deves ter finalmente percebido como me sinto quando me falavas que estavas feliz com a tua namorada. Bem, não contei não só por falta de coragem mas também porque não andas nos melhores dias, sei que ainda não tens a mente completamente limpa para eu te chatear com o “nós” que está quase a deixar de existir. Ainda existem tantas, tantas perguntas, mas sabes? As viagens ajudam, ajudam a esquecer, as viagens, o tempo, os amigos e tu. Sim, também ajudas a esclarecer muitas perguntas. Mas tu não ajudas a esquecer-te, isso é o mais difícil e tu cada vez pioras um bocadinho mais. No inicio das férias estava tudo a correr tão bem, foi preciso apenas um dia, uma conversa e tudo volta, tu falas e eu não me contenho, tu desabafas e claro eu apoio-te sempre. Parece que temos as mesmas dúvidas, sentimo-nos confusos pelo mesmo, mas em situações diferentes, mas como te disse “o tempo ajuda”, então deixa-o ajudar-te. Eu vou continuar a tentar que ele me ajude cada vez mais, que me ajude como um psicólogo, que diz para falarmos e esquecermos. Vou deixar-me levar pelas viagens, pelas paisagens que existem nelas, pelas tuas músicas e pelas minhas danças, pelas tuas palavras e os meus choros e sei que um dia, vamos falar e apenas recordar os outros tempos e nesse momento sei que seremos ambos felizes, por isso leva-te pelo tempo. Sê feliz.

sábado, 24 de abril de 2010

De uma motivação a uma paixão

Foi difícil chegar até aqui, por isso creio que será ainda mais difícil concretizar todo este sonho. Mas quando se quer muito algo sempre se consegue e eu sei que vou conseguir, eu vou chegar ao topo, tal e qual como no sonho. Perguntam sempre como é que simples passos, simples gestos, simples movimentos de braços, de pernas, de corpo, conseguem fazer-me esquecer de tudo, até das coisas boas. Todavia, as pessoas esquecem que não são só movimentos de corpo, é também movimentos de cabeça, e não me refiro a mexer a cabeça, mas sim a mente, é um movimento mental, uma espécie de terapia, uma psicóloga. É fácil, simples, apenas precisamos de ouvir, abrir a mente e fluir. Enquadra-se nas personalidades, nos sentimentos presentes em nós. Sabe tão, tão bem fluir ao ritmo de uma música mais calma e apenas expulsarmos os nossos sentimentos mais profundos, desabafarmos de maneiras diferentes. Não, não começa assim de repente e por vezes também não vem de sempre, vai aparecendo simplesmente, como uma flor, nasce com motivação, com força de vontade e a partir desse começo cresce, cresce, cresce até alcançar um lugar em que não consegue crescer mais, chegar ao topo e ser a melhor, ser lembrada e nunca esquecida. Pode ser feito em qualquer lado, em qualquer ambiente: á chuva na rua; ao frio; em casa; num estúdio; num quarto minúsculo; numa sala enorme; com imensas pessoas; sozinha. É um trabalho árduo, não é só felicidade, sofremos também, por vezes magoamo-nos e pensamos sempre em desistir, por vezes ouvimos também coisas que não queremos, coisas tais como:”não gosto dos teus movimentos”; mas sabem o que aprendi? Que cada um é como cada qual, temos vários gostos, várias maneiras de pensar, logo, os nossos movimentos também iram ser diferentes mas iguais á nossa maneira de ser. Podemos começar com os melhores, mas acabar com os piores e nos piores trabalhos, mas também se existir empenho e força, começamos com os melhores, progredimos com os melhores e acabamos sozinhos, mas nos melhores lugares. É difícil dizer, falando, expressando-nos em palavras o que é exactamente a dança, é bem mais fácil dize-lo a dançar, expressando-nos com movimentos, transformar palavras em movimentos, por isso, consegui resolver o meu problema de expressão e expresso-me dançando. Adorava, mas não passa de um sonho, que não existisse palavras, que houvesse um mundo em que falávamos a dançar, dissesse-mos imensas palavras, as mais sentimentais (amo-te; adoro-te; para sempre) de uma maneira tão fluida, tão sentimental, tão...verdadeira. E as mais agressivas (odeio-te; desaparece; nunca) de uma maneira sentimentalista mas ao mesmo tempo má, feia, suja. Expressarmo-nos com lágrimas e com sorrisos, com gestos, movimentos simples e complicados, enfim, o mundo da dança, era o sonho perfeito. E eu sei que um dia, eu e todos os apaixonados por esta arte o vamos ter, acredito até que já há pessoas que o têm só que nós, os apaixonados, somos medricas e não queremos, temos receio que os infelizes estraguem esse mundo e deixam-no no vazio, até que, um dia, todos nós nos encontremos lá e dancemos até sempre. Consegui, pela primeira vez, expressar com palavras o que é a dança, mas não duvidem que enquanto escrevi estive quieta, impossível. Considero-me com orgulho e gosto, uma verdadeira apaixonada, uma lutadora!


“Dança: linguagem escondida na alma, uma alegria profunda, algo diferente de tudo mas igual a ti, uma verdadeira paixão, um verdadeiro amor”

domingo, 28 de fevereiro de 2010

(5)


Hoje sonhei contigo. Pensei que se sonhasse uma vez contigo iria ser estranho, mas não foi. Talvez porque tudo o que aconteceu no sonho seja a vida real e talvez não sejam os sonhos que se tornam realidade mas sim a realidade que se torna em sonhos. É mau, sim, porque eu não gosto desta realidade, provavelmente há dois anos atrás gostaria mas agora? É a pior coisa que alguma vez me aconteceu. Sei que não deves estar a perceber nada, nunca percebeste o que te queria dizer ou mostrar. Mas está na altura de te mostrar a realidade. O meu sonho começou há dois anos atrás. Lembras-te quando eu não te ligava nenhuma, queria apenas saber de outras coisas, queria saber de tudo, menos de ti. Agora é a coisa que mais me arrependo, e fui tentando com o passar do tempo melhorar e consegui. E no meu sonho também mostrava isso, mostrava como eu tentava que com o passar do tempo tu percebesses que eras e sempre foste especial, sempre foste o meu melhor amigo. Mas desde que tivemos meses sem nos falar tudo mudou, e sim, no meu sonho falava de tudo, tudo ao pormenor. Fui parva em não te ouvir e pedi-te desculpas por isso. Mas e tu? Pois também não me deste ouvidos e ao contrario de mim tu não quiseste saber como eu me sentia com essa tua acção. Tu não te importaste com os meus sentimentos. É tão mau já não poder contar contigo. É pior ainda já não poder ouvir as tuas histórias e sentir os teus abraços e beijos. Eu podia mostrar que não gostava e podia mostrar-me farta deles mas sabes uma coisa? Eram e são os melhores do mundo! É bom, não, é muito bom sentir um abraço e um beijo de um melhor amigo. Sabes o que também mostrava no meu sonho? Quando eu não queria que me agarrasses, tocasses ou beijasses porque as pessoas pensavam que éramos namorados. Mostrou também que reagi, ergui a cabeça e não quis saber dessas pessoas inúteis. E se tu fizesses o mesmo? Desculpa sei que agora és feliz, mas podes ser feliz também comigo? Esquece, acho que já não consegues. Não é o facto de não conseguires mas talvez acho que já não me vais dar valor como antes. E acredita factos é muitíssimo diferente de valores. Se fosse um facto era fácil, num estalar de dedos tudo voltaria ao normal. Mas é preciso também dar valor. Acredita, eu dou-te imenso. E orgulho-me de ti, por lutares por aquilo que amas e que queres. És e sempre foste o melhor. Acredito que se tudo fosse diferente desde o inicio e se a vida não fosse feita de mudanças eu não chorava por um amigo, um ex(por ti) grande amigo, o melhor de todos. Não te esqueças, irei sempre estar contigo e segurar a tua mão.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

UM BEIJO E TCHAU

Depois de todas as palavras, todos os sorrisos, todos os toques tudo acabou meu amor. Aconteceu num dia mas dura mas que isso. Apesar de ouvir e ver tudo, nada acaba com isto, nada me faz desistir. O sentimento contínua e não consigo dizer adeus. A distância ajuda mas as fotografias e as recordações não. Penso que o melhor é fugir, mas não, vou ter que aguentar todas as ilusões, todas as palavras inúteis e todos os olhares impossíveis. Mas acho que no fim vou-te agradecer por me ensinares a viver sem alguém especial, ou por me ensinares a lutar por algo verdadeiro. Apesar de tudo o que me dizem eu continuo acreditar nas tuas ilusões, nos teus sorrisos e nos teus olhares. Tudo isso que não passa de acções inúteis, tudo o que fazes não consegues perceber que me toca, tudo o que fazes e tudo o que dizes, isso põe em mim um peso enorme de não te ter, não te ter como eu queria. Ter-te como algo especial, algo meu. É assim que escolhes-te, mas por favor chega de olhares, chega de sorrisos, chega de palavras porque quando tudo isso não for ilusão eu vou julgar que sim, e não vou querer nada, não vou querer suportar mais a mágoa de não te ter. Não quero. Não vou permitir que isso aconteça. Não vou meu amor porque não quero mais ilusões nem mais tristezas, quero ser feliz. Por isso pára, tenta parar este sentimento. E meu amor pára com os sorrisos e com as palavras, pára com os olhares, pára. Espero um dia conseguir dizer adeus, até lá, até já.

Adeus

Já gastamos tudo meu amor, e o que restou não chega para afastar a saudade. Gastei tudo menos a saudade. Gastei as lágrimas que chorei por ti, o suor que transpirei por ti, gastei os relógios á espera das mensagens e das chamadas. Procuro na mala algo para me animar mas não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro. Era como se tudo fosse nosso: quanto mais tínhamos mais dávamos. Por vezes tu dizias 'vamos viver felizes para sempre'. E eu acreditava, sim acreditava porque a teu lado tudo era possível. Mas isso era no tempo dos sonhos. No tempo em que a tua voz era o som de um boa guitarra afinada, era o tempo em que éramos realmente felizes. Hoje sou contente só. É pouco, sim mas é a verdade, sou contente como todas as outras pessoas. Já gastamos as palavras. quando agora digo: meu amor, já não soa a nada, absolutamente nada. e no entanto antes de tudo se ter gasto tenho a certeza que tudo o que dizia ou falava estremecia só de sussurrar o teu nome no silêncio do coração. Já não tens mais nada para dar, nem eu quero receber mais nada do que há dentro de ti. O passado é inútil como o lixo. e como já disse as palavras gastaram-se. Adeus (inspirado no poema "Adeus" de Eugénio de Andrade)