sábado, 10 de dezembro de 2011

De certeza que é Amor

I belive that is Love
Tenho quase a certeza que é amor, quase não, tenho a certeza. É algo lindo quando nos sentimos assim, amados, é tão bom… É ainda melhor quando temos a certeza que gostamos da pessoas que nos acompanham, quando sabemos mesmo que a pessoa que nos beija e nos abraça é a pessoa com quem queremos mesmo estar. Acho que nunca me senti assim, acordar feliz, andar feliz e deitar-me feliz, tudo o que faço, faço com a maior felicidade do mundo e porquê? Porque és tu que me a dás, és tu que fazes com que eu queira viver, és tu que fazes com que eu sorria e queira sorrir.
Parece que contigo as coisas são perfeitas, parece que não há problemas no mundo, estar contigo elimina tudo o que existe de mal em mim. Tu fazes-me sentir perfeita, fazes-me sentir a rapariga mais bonita de todas, fazes-me sentir tua, o que é raro alguém conseguir que isso aconteça. Entreguei-me a ti com tudo, dei-me por completo e agora não me quero ver livre de ti. É por isto que eu tenho a certeza que é amor, porque tu, só tu, me fazes sentir nova, fazes com que só pense em ti e em ti, nas tuas cantorias, no teu riso.
Todos os outros não me interessam, todas as outras opiniões não me importam. Se acham que vai ser por pouco tempo, não quero saber, se dizem que é cedo para muita coisa, não quero saber. Não quero saber porque sei o que me interessa, sei que é de ti que eu gosto, sei que é contigo que vou ficar e que quero estar, não é cedo para nada, porque depois pode ser tarde para muita coisa.
Ouve as minhas palavras, entende os meus sentimentos, vê o brilho dos meus olhos pois todos estes sinais são sinais de amor. São sinais de felicidade e alegria, fazes-me sentir a melhor rapariga do mundo e por ti eu sou tudo, eu faço tudo. Por ti eu corro o mundo, a ti eu dou o mundo, é exagero mas não interessa, pois metade das palavras mostram o que eu sinto. Os momentos ficam para nós, os beijos ficam para nós, as palavras para ti e para todos aqueles que duvidam do que eu sinto. Não vou dizer que te amo pois isso é algo nosso, digo que quero ficar contigo, o resto deixo para depois, deixo só para ti.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cansei-me de ti

I'm just tired of you, go away please

É dificil tentar compreender-te, mas também acho que já não quero compreender mais. Mil vezes magoaste-me  ao dizer que já não querias mais nada e que era a ultima vez. E como sempre eu disse,  brincas-te comigo, servi apenas para uma brincadeira. Depois dessas tuas palavras secas que diziam que não querias estar mais comigo tu voltavas sempre, mas voltavas apenas porque te dava o que querias. Agora já não acredito nas primeiras palavras que me disseste, muito menos acredito nas ultimas. Dizias que gostavas, que era um bom momento, mas...nunca foi. Para mim foram todos bons e entreguei-me como nunca me entreguei a ninguém e tu? Tu foste o mesmo frio de sempre, nunca houve uma palavra de carinho, um gesto de obrigado. Sempre que dizia que algo estava mal falavas dos meus mil e um defeitos, falavas do passado, coisa em que eu nunca toquei.
Lembro-me que um dia disses-te que tinha de crescer, que tinha de mudar porque era isto e aquilo. Então eu mudei, mudei por ti, mudei por mim e mudei por toda gente que gosta de mim, mas tu nunca percebeste que mudei, que já não queria aquilo. Queria mais que um momento nosso, queria partilha-lo mas dentro de ti permanece uma mágoa enorme que diz sempre não a algo sério. Mas acho que até foi bom não ter avançado mais, não ter tornado nada mais serio, porque se um dia isso acontecesse iria sofrer mais. Ainda bem que tu mostras-te o teu lado idiota e insensivel da ultima vez que falámos, ainda bem… sabes porquê? Porque assim vai ser mais fácil esquecer tudo.

Penso na altura em que quase te amei, mas foi um quase e foi apenas um quase porque ai estavas carente e sabias do que precisavas. Mas para ti nunca existiu um quase, nem um pouco de quase. Nunca gostaste de nada, nunca gostaste de mim. Mas nunca te esqueças que um pouco de mim ainda está em ti porque dei muito de mim nisto tudo. Mas não valeu a pena, ainda bem que não. Cansei de ser brincadeira, cansei de gostar de ti como idiota. Um dia se  voltares como eras, talvez volte a gostar, mas agora não. Agora quero apenas descansar, descansar de ti.

sábado, 12 de março de 2011

Primeiro amor

“Olá, tenho saudades tuas e ainda continuas a fazer parte da minha memória. Sempre que acordo olho para a nossa fotografia que continua em cima da mesa de cabeceira ao lado da cama. Prometo que está vai ser a última vez que terás noticias minhas, vou seguir em frente, vou tentar pelo menos. Até lá, amar-te-ei sempre! Beijos da xuxu”
The first love will be always the first love
                                     
E assim foi, foi a última vez que lhe disse algo. Apartir daquele dia limpou tudo o que ainda fazia parte deles, até a fotografia da mesa de cabeceira. Custou-lhe muito ter que fazer aquilo tudo, chorou, gritou, mas depois levantou-se e disse que bastava e que não poderia continuar assim. No dia seguinte levantou-se cedo para ir trabalhar, ia ter um ensaio dificil e tinha que se concentrar bastante. Só a dança a mantinha tão concentrada e feliz. Depois do ensaio, recusou um café com as amigas e foi para casa descansar e desanuviar a cabeça, era o que mais precisava.
Passou-se um mês e a sua rotina mantinha-se igual, recusava sempre as saidas e ia para casa completamente sozinha. Por mais que ela não quisesse ele continuava a fazer parte da sua mente.
Finalmente decidiu sair e divertir-se, saiu, bebeu, dançou e conviveu! Conheceu um outro alguém. Interessaram-se bastante um pelo outro, continuaram com as conversas e conversas essas que já faziam parte de uma rotina, saiam juntos, já faziam tudo juntos, já se consideravam um casal e ela já não se lembrava do outro que tanto amou.
Uma noite, depois de mais ensaios, foi para casa sozinha pois o seu par tinha que ficar no trabalho até tarde. Chegou a casa, ligou o telefone, onde lá estavam duas chamadas perdidas e uma chamada de voz. Não ligando, limitou-se a carregar no botão para ouvir a chamada. Para seu espanto, essa chamada não era de nenhum familiar nem de nenhum amigo. A chamada era sim daquele alguém que ela amou. Ele nunca foi de muitas palavras e na chamada limitou-se a dizer que tinha saudades dela e que se ela quisesse sair ele estaria livre a qualquer momento. Ela não respondeu naquele momento, ligou o rádio, deitou-se no sofá e deixou-se levar pelos seus pensamentos. Pensamentos esses que eram sobre aquele que ela amou, aquele que era o homem da vida dela. Mas ela naquele momento era feliz, não com o homem da vida dela, mas com o homem que se podia tornar dela! No dia seguinte respondeu à chamada e disse que não, custou-lhe dizer isto pois no fundo, bem no fundo, ela queria dizer um sim, mas não podia, na relidade esta foi a melhor resposta. Esqueceu a chamada e foi ter com o homem que podia vir a ser dela, esteve com ele a tarde inteira. Juntos a tarde inteira e a vida inteira. Aquele que era o homem da vida dela  tornou-se naquele que ela amou e este tornou-se no homem dela, aquele que ela ama, aquele que a faz feliz.



Todos os dias ela lembra-se daquele que amou, mas apenas lembra-se, lembra-se porque ele foi importante, ele foi aquele que a ensinou a amar, foi aquele que mudou o seu coração e por causa dele nunca vai ser o mesmo, mas ainda bem...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Velha Infância


"Lutei para escapar da infância o mais cedo possível.
E assim que consegui, voltei correndo pra ela." (Orson Welles)





Recordo-me de quando tudo era mais fácil, de quando queriamos uma coisa e era apenas preciso fazer uns olhinhos brilhantes e pôr um grande sorriso na cara que passado uns minutos já a tinhamos. Recordo-me de quando não tinhamos responsabilidades, pensávamos em nós sem pensar nos outros, sem pensar se os outros iríam sofrer ou não. Cantávamos e dançámos a toda a hora sem nos importar se incomodavamos os outros, não sofriamos, ou melhor, sofriamos mas não davámos tanta importancia a esse sofrimento. Brincávamos em todo o lado, conheciamos qualquer pessoa,  sem a julgarmos pela sua aparência ou pela sua maneira de ser. As nossas paixões por vezes eram de dias, era tão fácil mostrar aquela pessoa que gostávamos dela, bastava um simples gesto e percebia-se logo. Agora, já não somos tão livres, deixamos de pensar só em nós,  deixamos de nos importar só connosco. Agora quando agimos, bem ou mal, temos que pensar nas consequências, neste momento temos mais responsabilidades. Não sofremos mais, apenas sabemos quando estamos a sofrer e damos mais valor a isso. Já não podemos entrar em parques,  e nos que podemos entrar já não podemos divertir-nos como nos divertia-mos. Esquecemos metade das melhores recordações, e metade das pessoas que fizeram parte destas ambém vão desaparecendo aos poucos.  Hoje só sabemos pensar “quem me dera voltar atrás”, mas assim tudo se torna cada vez mais dificil. Apenas pensamos em como tudo era bom antes, em como era bom quando brincávamos com todas aquelas bonecas, como era fácil conhecer pessoas. Mas agora ficámos condicionados, se queremos conhecer alguém pensamos sempre duas vezes, pois essa pessoa pode não gostar de nós ou pode-nos julgar pelo que a nossa pessoa aparenta ser. O “mundo adulto” pelo qual ansiava-mos tanto tornou-se no mundo que queremos que mude e agora queremos, ou pelo menos todos nós já pensamos, em voltar à velha infância e poder tornar tudo isto mais fácil, mas a vida é feita de etápas e se conseguimos chegar até à etápa mais dificil de se ultrapassar conseguimos tudo! Por isso, tu, que anseias pelo “mundo dos adultos” não digas isso, aproveita, brinca, salta, dança e grita porque depois tudo se vai tornar um bocadinho de nada mais dificil. E tu, que neste momento estás a pensar “como tudo era tão bom quando erámos crianças”  vai comprar imensas gomas e come-as sozinho, entra num daqueles parques onde podes entrar e anda de baloiço contra o vento, dança, salta e ri por um momento para matar as saudades da velha infância!